sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Psicologia do Autoritarismo



O Problema dos meios empregados para chegar a um fim:
se empregarmos meios autoritários e não-humanistas para chegar a algum fim, não podemos esperar que o resultado seja uma rede de relações inter-pessoais humanistas e com participação ativa e popular...

Usamos a divisão binária "esquerda" x "direita". Mas esta divisão esconde muitas outras, que podem conte-la ou ser contidas por ela: Autoritária x Democrática, Humanista x Mecanicista, Fascista x Libertária, etc.

A Pimenta Democrática gostaria que existisse uma Esquerda Libertária Humanista e Democrática.

Mas infelizmente hoje o mais comum é uma Esquerda Autoritária e Mecanicista, e em casos piores, optado por ser Maoista (Fascistóide) e Anti-Democrática.

Vamos reescrever o lema antigo do Fórum Social: "Outra Esquerda é Possível"... ou alguma outra "coisa" que ainda nem conseguimos imaginar.




sexta-feira, 16 de maio de 2008

Em Busca de uma SOLUÇÃO Democrática e Inclusiva


É POSSÍVEL CONCILIAR O MELHOR DOS DOIS MODELOS?
Evitando os problemas citados, podemos propor uma combinação de:
-sistema de “foruns de debates” nos dois turnos, e
-debates nas salas ao mesmo tempo, se retroalimentando, e
-votação plebiscitária em sala com urna, e
-conferência de eleitores pela lista de chamada, com
-quórum qualificado pela maioria dos matriculados (ex: 70 ou 75%), e
-aferição e divulgação pública imediata de resultados parciais e totais
-órgão estudantil de fiscalização do cumprimento estatutos

Outras combinações são possíveis, o modelo acima é apenas um exemplo. Somente um amplo debate, o mais realista possível, poderá
criar meios e instrumentos realmente democráticos que promovam
a inclusão política da maioria, e não sua alienação como vimos em
outros modelos e companhamos em nosso cotidiano.
O essencial é mais debate amplo e inclusivo, e o voto da maioria do total dos estudantes.

...
Dica de Leitura d'A Pimenta Democrática:
"Psicologia de Massas do Fascismo"- Wilhelm Reich
...


CrÍtica ao URNISMO SANTIFICADO


O voto em urna é outro instrumento que, apesar de essencial,
pode ser antidemocrático se usado fora de um ambiente e sistema
democráticos. Os principais mau usos, entre outros, são:

1-ausência de debates e informação anterior as votações
2-ausência de quórums qualificados definidos (qual é o percentual do total de votantes possíveis torna a eleição ou plebiscito válidos. - EX: 75% do total de alunos matriculados em questões estruturais, ou outro percentual acima de 50% em questões menos importantes)
3-colocar a urna em lugar ermo, sem avisos em sala ou identificação
4-colocar a urna apenas na sede da instituição cuja administração está sendo votada (EX: alguém confiariaria em uma eleição cuja urna ficasse na sede ainda ocupada por de um dos candidatos?)
5-ausência de mais de uma chapa
6-não controle das listas de votantes
7-contagem dos votos em local escondido, sem fiscalização
8- período de votação muito curto
9- comissão eleitoral que não seja “neutra”
10- ausência de debates entre chapas
11- ausência de fiscalização, pelos eleitores, dos eleitos ou das decisões vencedoras. Ausência de alguma comissão de fiscalização dos mesmos.
12- não prestação de contas pelos eleitos.

...

CrÍtica ao ASSEMBLEISMO AUTORITÁRIO


Após observar assembléias estudantis por anos, percebemos que
problemas e métodos se repetem muito. As dinâmicas de distorção
tem se tornado um método político usado sistematicamente por
grupos politicos, as vezes até sem má-fé, por acreditar que “é
assim mesmo”. Alguns desses problemas, entre outros, são:

1-ausência de debate e informação anterior as assembléias
2-marcacão de assembléias em horários ou locais que dificultem a
participacão de parte significativa dos estudantes
3-sumiço de propostas, sejam verbais ou por escrito, nas “mesas”
das assembléias
4-baixo nível do debate durante a assembléia, devido a estrutura
veloz e de falas curtas
5-dinâmicas de intimidação, seja aberta ou tácita (algo agravado
pelo voto aberto), gerando um ambiente de violência psicológica
6-dinâmicas de atrasos planejados, subterfúgios de demora e
alongamento, como forma de controlar o resultado e a dispersão
7-votações finais e importantes em horários proibitivos para
grande parte dos alunos.
8-uso abusivo do recurso de assembléias de “emergência” sem
aviso com antecendência regulamentada, como forma e ter o
quórum mais baixo ou desmobilizado possível
9-grande dificuldade de fiscalização do processo
10-as mesas muitas vezes não terem composições que “equilibrem”
as diversas tendências, favorecendo muito um grupo ou outro.
11-decisões por minorias não legitimadas nem representativas, que
conseguem assim impor sua vontade de forma anti-democráticas
12-ausência de pré-divulgação de pautas e de atas depois
13-a exigência que o voto decisivo em um espaço de tempo ínfimo
determinado (alguns segundos) em um único momento e lugar.
14-em uma assembléia, qualquer distração pode ser “fatal",
tipo de dinâmica não aceita por todos os tipos de personalidade.

E, HA, OS PARTIDOS...
Todos tem o direito de integrar um partido político. O problema
é quando os movimentos dos estudantes passa a ser pautado pelas
agendas e programas destes partidos, sejam eles quais forem.
Isso torna o debate desde a base apenas "cosmético", pois as
diretrizes de "ação" vem de cima para baixo. Percebemos que
muitas vezes estamos sendo instrumentalizados, e deixamos
de participar. Exatamente por que NÂO somos alienados...

...

QUE TEM MEDO DE + DEMOCRACIA?


Podem 10 % decidir por todos, sem debate anterior, em assembléias mal divulgadas, com votações na correria, tarde da noite? Ou o uso de urnas, sem debate, sem fiscalização e sem quórum mínimo, são democráticas? A Pimenta Democrátia acredita que a resposta para todas estas perguntas é "NÃO!".
Das (atuais) vagas na Unifesp-Pimentas, até 750 alunos estão ativos.
Asssembléias com 150 alunos e com propostas aprovadas por 70 ( aprox. 10% ) não tem nenhuma legitimidade. Como chegamos a este ponto, com assembléias deformadas em instrumentos autoritários, alienantes e anti-democráticos? É possível corrigir isso? Como? Nos próximas postagens analisamos e buscamos debater soluções.
...
O "centralismo democrático", definitivamente, não é adequado para as atuais condições históricas (se é que algum dia foi). As tais "vanguardas" se tornam rapidamente mecânicas e topos de pirâmides hierárquicas sem contato com a base, nas quais o debate da base não sobe e os comandos só descem. Alguns nos avisaram mais de 100 anos atrás, mas... bem, vocês viram o que virou o partidos como o PT dominado pelos Dirceuzistas... qualquer semelhança com a estrutura da Igreja Católica não é mera coincidência.
...