Após observar assembléias estudantis por anos, percebemos que
problemas e métodos se repetem muito. As dinâmicas de distorção
tem se tornado um método político usado sistematicamente por
grupos politicos, as vezes até sem má-fé, por acreditar que “é
assim mesmo”. Alguns desses problemas, entre outros, são:
1-ausência de debate e informação anterior as assembléias
2-marcacão de assembléias em horários ou locais que dificultem a
participacão de parte significativa dos estudantes
3-sumiço de propostas, sejam verbais ou por escrito, nas “mesas”
das assembléias
4-baixo nível do debate durante a assembléia, devido a estrutura
veloz e de falas curtas
5-dinâmicas de intimidação, seja aberta ou tácita (algo agravado
pelo voto aberto), gerando um ambiente de violência psicológica
6-dinâmicas de atrasos planejados, subterfúgios de demora e
alongamento, como forma de controlar o resultado e a dispersão
7-votações finais e importantes em horários proibitivos para
grande parte dos alunos.
8-uso abusivo do recurso de assembléias de “emergência” sem
aviso com antecendência regulamentada, como forma e ter o
quórum mais baixo ou desmobilizado possível
9-grande dificuldade de fiscalização do processo
10-as mesas muitas vezes não terem composições que “equilibrem”
as diversas tendências, favorecendo muito um grupo ou outro.
11-decisões por minorias não legitimadas nem representativas, que
conseguem assim impor sua vontade de forma anti-democráticas
12-ausência de pré-divulgação de pautas e de atas depois
13-a exigência que o voto decisivo em um espaço de tempo ínfimo
determinado (alguns segundos) em um único momento e lugar.
14-em uma assembléia, qualquer distração pode ser “fatal",
tipo de dinâmica não aceita por todos os tipos de personalidade.
E, HA, OS PARTIDOS...
Todos tem o direito de integrar um partido político. O problema
é quando os movimentos dos estudantes passa a ser pautado pelas
agendas e programas destes partidos, sejam eles quais forem.
Isso torna o debate desde a base apenas "cosmético", pois as
diretrizes de "ação" vem de cima para baixo. Percebemos que
muitas vezes estamos sendo instrumentalizados, e deixamos
de participar. Exatamente por que NÂO somos alienados...
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